Elliot Jay Stocks fez uma apresentação criticando a estética 2.0 no Future Of Web Design, que rolou em Nova Iorque, em novembro último. Elliot separou diferentes elementos comumente usados no webdesign e comentou a falta de criatividade que assola muitos designers. É óbvio que a crítica gerou comentários aflamados de partidários da causa da criatividade e daqueles que amam a estética 2.0. Até o momento, há 104 comentários em seu blog sobre a apresentação.
Não há nada de errado em usar elementos gráficos comuns em larga escala, diria até que isso contribui para a usabilidade do site, porque facilita reconhecer o que é um menu, o que é um botão, o que é um banner. O alvo da crítica é o uso massante, repetitivo e indiscriminado destes elementos, inclusive quando o cliente insisite querer “um look tipo web 2.0, entendeu?”.
A própria discussão sobre “criatividade” costuma ser entremeada de afetividade, argumentos evasivos e paixonites estéticas. Não é incomum ouvir que os designers só querem fazer coisas estéticamente lindas mas pouco funcionais e que analistas de usabilidade são engenheiros que abominam o bom design. Nem lá nem cá. É possível fazer um site lindo e funcional. Aliás, nossa obrigação profissional é essa.
A crença de que o que é inovador não é funcional é tolice. Só testando para saber. Já a tendência de relacionar usabilidade a engenheria vem do fato do Jakozão (Nielsen, para quem não pegou a piada) se entitular “Engenheiro de Usabilidade” e manter um dos sites com melhor conteúdo e pior visual já vistos, o seu UseIt.
Como o próprio sócio do Nielsen, Don Norman coloca com propriedade: se a questão for abordada como um problema de design, toda a névoa desaparece e o foco vai para o usuário. Daí, se o design gráfico resultante tiver uma estética 2.0, sem dúvida será plenamente justificável e contribuirá com uma boa experiência de uso. Mas…
Como uma boa polêmica nunca sai de moda, vale conferir, via SlideShare:
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