O cenário do dia-a-dia do profissional de design
O design – palavra em inglês que significa “projeto” ao invés de “desenho” – é visto pela sociedade de forma geral como uma atividade artística, que depende de um dom, de uma habilidade inata, para ser realizado de modo pleno.
Esta visão tem sido reforçada pela dificuldade em diferir o design de áreas afins como a publicidade, o marketing, a diagramação, a arquitetura. Mesmo nos escritórios de design, os profissionais mais experientes muitas vezes recebem a titularidade de “Diretor de Arte”, ajudando a sedimentar o conceito de profissão subjetiva. Nas gráficas, é comum solicitar a “arte” do folder, a “arte” do livro ou a “arte” de algum outro material gráfico.
Entre os designers, há duas vertentes mais comuns, aqueles que acreditam no potencial artístico e aqueles que defendem um tecnicismo, baseados principalmente nas duas maiores escolas de design do século XX: a Bauhaus (Alemanha 1919 – 1933) e Escola de Ulm (Alemanha 1953 – 1968).
Assim como em qualquer profissão, a experiência faz a diferença. O designer, assim como o arquiteto por exemplo, aprende com aquilo que vê, tentando compreender e assimilar aquilo que outros profissionais estão produzindo e evoluir a cada novo projeto. Este conjunto de experiências é tipicamente chamado de “repertório”, assim como o repertório de uma banda representa sua experiência em diferentes estilos musicais.
Sendo uma profissão na qual somente a experiência adquirida demonstra a qualidade de quem a exerce, este conhecimento empírico [construído na prática] é mostrado no portfólio do designer.
Como vejo o design
Acredito que o design é uma profissão que se utiliza de conceitos técnicos (como a teoria das cores, escalas de proporção, conhecimentos de tipografia, de desenho técnico, computação gráfica de alta precisão, escalas de cores como Pantone, CMYK, RGB) e também se vale de habilidades artísticas de quem utiliza estas técnicas para produzir elementos gráficos e produtos que respeitem os preceitos estabelecidos num Briefing para cada necessidade: um material gráfico, o projeto de um carro ou de um tênis, um logotipo, uma marca.
Conforme a web foi de desenvolvendo, os papéis dos designers foram se segmentando, criando novas especialidades dentro do contexto do projeto de um site: o Arquiteto de Informação, o especialista em Usabilidade, a Designer da Interface.
Design como diferencial
O WebDesign é a etapa do desenvolvimento que mais interage com o público final e que afeta todo o processo de administração do site. É ele que traduz visualmente a missão da empresa, assim como tem funções e etapas importantes em seu desenvolvimento:
- Benchmark – É a pesquisa de soluções já existentes e idéias que possam ser implementadas
- Brainstorm – É um processo criativo no qual são desenvolvidas idéias para o projeto, apoiadas pelo Benchmark
- Arquitetura de Informação – É a organização das informações no site para o público final. No desenvolvimento da AI, é transposto o conteúdo para a internet, determinando a disposição das informações
- Wireframing – É o dimensionamento das áreas do site, organizando visualmente onde cada item estará disposto
- Design de Conteúdo – Como as informações aparecem para o internauta
- Design de Navegação – Como o internauta navega entre as páginas e seções do site
- Design Gráfico (Interface) – Determina qual será a “cara” do site, o visual de todas as páginas e de cada seção específica
- Design de Performance – Otimização de recursos tecnológicos e gráficos para um carregamento rápido
- Design de Experiência – Quais as impressões que os usuários mantêm após navegar no site
- Usabilidade – É a avaliação prática da qualidade da navegação, na qual são corrigidas falhas e repensados recursos do site que possam ser melhor explorados