Quando alguém me perguntar novamente para quê serve a bendita Arquitetura de Informação, vou entregar uma cópia das teses.
Totalmente auto-explicativo.
As 25 testes, direto do site do IA Institute:
- As pessoas necessitam de informação.
- Mais importante, as pessoas precisam da informação correta na hora certa.
- Sem a intervenção humana, a informação regride para entropia e caos.
- A Internet mudou o modo como lidamos com informação. Transformou em onipresente uma entidade antes rara: o ambiente de informações compartilhadas
- Modelar informações para torná-las relevantes e oportunas requer trabalho humano especializado. Fazer isso para um ambiente compartilhado global que é ele mesmo feito de informações, é um tipo de trabalho especializado relativamente novo.
- Este trabalho é tanto uma ciência como uma arte
- Este trabalho é um ato de arquitetura: a estruturação de informações cruas em ambientes compartilhados de informação com forma útil e navegável, que resiste a entropia e reduz confusão.
- Este é um novo tipo de arquitetura que projeta estruturas de informação ao invés de tijolos, madeira, plástico e pedra.
- Pessoas vivem e trabalham dentro destas estruturas, assim como elas vivem e trabalham em suas casas, escritórios, fábricas e centros comerciais. Estes locais não são virtuais: eles são tão reais como nossas próprias mentes.
- Muitas pessoas passam a maioria de seu tempo nestes espaços. Conforme o número de trabalhadores físicos diminui e de trabalhadores do conhecimento aumenta, mais e mais pessoas irão viver, trabalhar, compartilhar, colaborar, aprender e se divertir nestes ambientes durante suas vidas.
- Já existe informação de mais para compreendermos com facilidade. Cada dia haverá mais disso, não menos. Inexoravelmente, a informação se afoga em sua própria massa. Ela necessita respirar e o ar de que precisa é a relevância.
- Uma das metas da arquitetura de informação é formatar a informação em um ambiente que permita aos usuários criarem, administrarem e compartilharem sua substância primordial em uma estrutura que ofereça relevância semântica.
- Outra meta da arquitetura de informação é dar forma ao ambiente para permitir que os usuários se comuniquem, colaborem e convivam da melhor maneira.
- A última meta é mais fundamental que a anterior: informação existe somente em comunidades de sentido. Sem outros indivíduos, informação perde contexto e não mais informa. Torna-se um simples dado, menos que poeira.
- Assim, arquitetura de informação trata primeiramente de pessoas e de tecnologia em segundo.
- Todas as pessoas têm o direito de saber onde estão, para onde vão e como chegar onde pretendem. As pessoas buscam naturalmente por locais que supram estas necessidades essenciais. Qualquer ambiente que ignore esta lei natural atrairá e reterá menos pessoas.
- A interface é uma janela para a informação. Até mesmo a melhor interface só é tão boa quanto a informação por trás dela. (O oposto também é valido: até a informação mais compreensivelmente formatada só será tão útil quanto sua interface. Por este motivo, o design de interfaces e a arquitetura de informações são mutuamente dependentes.)
- Assim como a revolução Copérnica modificou o paradigma além da astronomia, a Internet mudou o paradigma além da tecnologia. Agora temos a expectativa de que todos os sistemas de informação sejam acessíveis, imediatos e totais.
- O fato da arquitetura de informação acontecer na Internet hoje, não significa que este será o caso amanhã.
- A arquitetura de informação realiza suas tarefas com quaisquer ferramentas necessárias.
- Estas ferramentas estão sendo criadas por muitas pessoas, incluindo cientistas de informação, artistas, bibliotecários, antropologistas, arquitetos, escritores, engenheiros, programadores e filósofos. Eles trarão diferentes perspectivas e darão o sabor especial ao prato. Todos são necessários.
- Estas ferramentas aparecem de muitas formas e métodos, incluindo vocabulários controlados, modelos mentais, brainstorming, etnografia, tesauros, interação humano-computador e outros. Algumas ferramentas são muito antigas e algumas bastante novas. Outras ainda estão aguardando serem inventadas.
- A arquitetura de informação reconhece que sua prática é maior que qualquer metodologia única, ferramenta ou perspectiva.
- Arquitetura de informação é primeiro uma ação, depois um procedimento, depois uma disciplina.
- Compartilhar os procedimentos enriquece a disciplina e a faz mais forte.
― Andrew Hinton (memekitchen)
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